por uma qualquer razão, estes tipos aproveitam cada disco que lançam para se vestirem de mulher
Tome algo forte e de seguida tente imaginar o encontro entre o Solstício de Verão sueco e o Natal caribenho. Aí tem o que são actualmente os Koop, acabadinhos de lançar Koop Islands, o seu terceiro e mais fantástico disco, ex aequo com o segundo, Waltz for Koop (2002).
A autoria da imagem eleessediana não é minha - não tomo coisas fortes - mas da personalidade que assina a mais recente biografia do grupo sueco e que diz aquilo da faixa Come to me e pelo caminho os acusa de fazerem música que agita de forma diferente as nossas vidas.
E tem razão, o senhor Andres Lokko - o tal que toma coisas fortes. De cada vez que estes Koop se lembram de deitar mãos à obra, a obra dá-nos motivos para comemorar. A ponto de sentirmos o tal misto de Solstício de Verão sueco e Natal caribenho, talvez até com a roupa aconchegada por alguém banhado em óleos essenciais, como sândalo, bergamota ou algo assim.
Depois das valsas divertidas e transbortantes de estilo de há quatro anos, em 2006 pegaram em ritmos dos anos 30 e meteram-no no seu copo misturador juntamente com jazz tufado, electrónica praliné e batidas glacé.
O cocktail é irresistível e igualmente elegante. Alguém consegue ficar quieto e engomado a ouvi-los? Duvido muito. É como ser lançado numa montanha-russa e tentar sair ao pé coxinho a meio sem ser feito em pedaços ou comer bolachas Maria espanholas com o cabo de uma colher, seja ela de chá, sopa ou de pedreiro.
Koop Islands é mais uma rica e indispensável dose de música bem disposta, bem intencionada e bem boa. Pena é que nenhuma discoteca ganhe vergonha na cabine e a despeje nas suas pistas.
Mas, pronto, mesmo sem coisas fortes, imagine-se que eles vão estar segunda-feira, 11 de Dezembro, em Portugal. O concerto é no Casino de Lisboa, mas a entrada é livre.
Infelizmente não vou lá estar porque, entre outras miudezas, torci o pé direito.
koop
koop islands
2006
www.k-o-o-p.com
www.myspace.com/koop
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