tvtrip ecrã selvagem
O senhor Vítor Pereira disse isto ontem na televisão e eu ouvi:
[Jorge Sousa, um árbitro, tem a] "categoria intrínseca espelhada nas insígnias que ostenta".
Terá dito mais coisas importantes, mas só com isto deixou-me logo nocauteado. As conferências de imprensa dos árbitros só agora começaram, mas lá que prometem, prometem.
Como chegou até aqui?
quarta-feira, novembro 29, 2006
domingo, novembro 26, 2006
netculto myheritage.com
Cavaco Silva tem 68 por cento de parecenças com Frank Rijkaard, a presidente da Câmara de Leiria é um misto de George Clooney com estrela de cinema de Hong Kong, Scarlett Johansson é fiel à sua beleza em 99 por cento e o líder da União de Leiria só se parece com pouco mais de metade do Don Corleone de Marlon Brando.
O objectivo de www.myheritage.com é sobretudo a investigação da genealogia e quejandos, mas o interessante mesmo é a ferramenta que disponibiliza para encontrar semelhanças entre rostos conhecidos e os dos visitantes, por mais incógnitos que seja.
O resultado é, naturalmente, hilariante. Calhou-me Peter Sellers, Miguel Indurain, Indira Gandhi, Marie Curie e outras sugestões que agradeço muito, mas das quais nunca encontrei o mais ténue traço nas imagens que até hoje o espelho me devolveu.
A utilização do comparador de caras exige o registo do utilizador - mas o esforço vale a pena.
Damasceno nada mal
Por muito credível que seja o funcionamento da tal ferramenta, é difícil encontrar em Isabel Damasceno qualquer parecença com Maggie Cheung Man-yuk, uma actriz multi-galardoada em Hong Kong, embora George Clooney, nos piores dias das suas hérnias discais, talvez se aproxime um pouco mais do aspecto da presidente da Câmara de Leiria.
Mas nem tudo são más notícias para Damasceno. Apesar do Myheritage.com a achar parecida com o inventor da internet, Tim Berners-Lee, também coloca na lista beldades como Reese Witherspoon ou Macpherson. A top-model Elle, não os amortecedores.
Bartolomeu vs Darwin
A celebridade mais parecida com o presidente da União de Leiria, João Bartolomeu, é, pelos vistos, Matthew Fox, um galã de Perdidos, uma série de culto passada numa ilha deserta em que Fox interpreta a personagem que lidera um grupo de sobreviventes. À primeira vista, a maior semelhança é que Fox manda no grupinho dele, embora em menor escala do que Bartolomeu faz no seu clube, onde põe e dispõe.
Sem surpresa, o Myheritage.com compara Bartolomeu a Don Corleone - dispensa comentários - e, mais remotamente, a Charles Darwin. Se bem que a teoria de evolução de cada um deles divirja, arrisco-me a dizer, bastante mais que os 54 por cento de semelhanças que o site lhes atribui.
Há gente mais ou menos parecida com Cavaco
Os três mais parecidos com o Presidente da República são um Nobel da Química, Debye, um médico-investigador, Salk, e um vencedor do Pullitzer, Philip Roth. Nada de extraordinário, apesar de estarem também muito longe de terem algo a ver uns com os outros, facialmente falando.
A surpresa são mesmo as relações faciais que o site encontra entre Cavaco Silva e o treinador do Barcelona, Rijkaard, ou o irmão do presidente dos Estados Unidos da América, Jeb Bush.
Tirem Scarlett deste filme
Há um susto enorme reservado para a lista de gente conhecida parecida com Scarlett Johansson: Marc Anthony! Se este Myheritage.com procurava alguma credibilidade, ela acabou de ir pelo ralo abaixo.
Que a menina seja parecida em 99 por cento consigo mesmo, ainda vá. Não se discute o um por cento que ficou pelo caminho. Agora, com Marc Anthony?!?!
Cavaco Silva tem 68 por cento de parecenças com Frank Rijkaard, a presidente da Câmara de Leiria é um misto de George Clooney com estrela de cinema de Hong Kong, Scarlett Johansson é fiel à sua beleza em 99 por cento e o líder da União de Leiria só se parece com pouco mais de metade do Don Corleone de Marlon Brando.
O objectivo de www.myheritage.com é sobretudo a investigação da genealogia e quejandos, mas o interessante mesmo é a ferramenta que disponibiliza para encontrar semelhanças entre rostos conhecidos e os dos visitantes, por mais incógnitos que seja.
O resultado é, naturalmente, hilariante. Calhou-me Peter Sellers, Miguel Indurain, Indira Gandhi, Marie Curie e outras sugestões que agradeço muito, mas das quais nunca encontrei o mais ténue traço nas imagens que até hoje o espelho me devolveu.
A utilização do comparador de caras exige o registo do utilizador - mas o esforço vale a pena.
Damasceno nada mal
Por muito credível que seja o funcionamento da tal ferramenta, é difícil encontrar em Isabel Damasceno qualquer parecença com Maggie Cheung Man-yuk, uma actriz multi-galardoada em Hong Kong, embora George Clooney, nos piores dias das suas hérnias discais, talvez se aproxime um pouco mais do aspecto da presidente da Câmara de Leiria.
Mas nem tudo são más notícias para Damasceno. Apesar do Myheritage.com a achar parecida com o inventor da internet, Tim Berners-Lee, também coloca na lista beldades como Reese Witherspoon ou Macpherson. A top-model Elle, não os amortecedores.
Bartolomeu vs Darwin
A celebridade mais parecida com o presidente da União de Leiria, João Bartolomeu, é, pelos vistos, Matthew Fox, um galã de Perdidos, uma série de culto passada numa ilha deserta em que Fox interpreta a personagem que lidera um grupo de sobreviventes. À primeira vista, a maior semelhança é que Fox manda no grupinho dele, embora em menor escala do que Bartolomeu faz no seu clube, onde põe e dispõe.
Sem surpresa, o Myheritage.com compara Bartolomeu a Don Corleone - dispensa comentários - e, mais remotamente, a Charles Darwin. Se bem que a teoria de evolução de cada um deles divirja, arrisco-me a dizer, bastante mais que os 54 por cento de semelhanças que o site lhes atribui.
Há gente mais ou menos parecida com Cavaco
Os três mais parecidos com o Presidente da República são um Nobel da Química, Debye, um médico-investigador, Salk, e um vencedor do Pullitzer, Philip Roth. Nada de extraordinário, apesar de estarem também muito longe de terem algo a ver uns com os outros, facialmente falando.
A surpresa são mesmo as relações faciais que o site encontra entre Cavaco Silva e o treinador do Barcelona, Rijkaard, ou o irmão do presidente dos Estados Unidos da América, Jeb Bush.
Tirem Scarlett deste filme
Há um susto enorme reservado para a lista de gente conhecida parecida com Scarlett Johansson: Marc Anthony! Se este Myheritage.com procurava alguma credibilidade, ela acabou de ir pelo ralo abaixo.
Que a menina seja parecida em 99 por cento consigo mesmo, ainda vá. Não se discute o um por cento que ficou pelo caminho. Agora, com Marc Anthony?!?!
ainda bem que me faz essa pergunta joão paulo silva
João Paulo Silva» A mais brilhante síntese de Portugal caracteriza-nos como o país dos três efes. De Fátima, do Futebol e do Fado. A partir de agora vamos obviamente passar a ser o país dos quatro efes. Acha que isso pode alterar a matriz sociológica do país? Até que ponto este fenómeno pode ter implicações na identidade de um operariado que parece ter finalmente encontrado um modelo capaz de o conduzir a um estado mais evoluído, de uma sociedade, digamos, ri-fixe?
João Paulo Silva» Os últimos pregões da CGTP indiciam um retrocesso no uso da métrica. Por exemplo, na Marinha Grande, na última manifestação, as mulheres gritavam “Sócrates aldrabão/faz contas com o patrão” como se declamassem Agustina Bessa-Luís. O estranho é que se diz, à boca cheia, que os pregões são seus.
diospirojoyeux» Como diria a Agustina Bessa-Luís, a perversidade sempre me acompanhou. Claro que se eu fosse Agustina seria mais Luís e menos Bessa, porque ela é deveras Bessa.
João Paulo Silva» Não acha que estão a cometer uma injustiça histórica ao calarem pregões como o “Trabalho sim/desemprego não”, este com evidentes influências pessoanas, um autor muito mais atento aos fenómenos da industrialização e à sua estética?
diospirojoyeux» A vida, como tudo o resto, é assim.
João Paulo Silva» Desculpe insistir, mas Portugal afirmou-se como país de poetas nas manifestações da CGTP.
diospirojoyeux» Olhe que não, doutor, olhe que não.
João Paulo Silva» Há até quem fale de uma nova corrente na literatura portuguesa, que o coloca ao lado de Rosa Lobato Faria.
diospirojoyeux» Não me compare a essa senhora, se faz favor.
João Paulo Silva» As semelhanças entre os dois estilos são evidentes. “Sócrates aldrabão/faz contas com o patrão” poderia perfeitamente ser o refrão de uma canção concorrente ao festival da canção da RTP. Aliás, por que não abrir um novo género de música de intervenção, com a popular cantora Dina?
diospirojoyeux» Porque não. Não gosto, pronto!
João Paulo Silva» Desculpe, mas nos dias que correm é frequente ver líderes de confederações sindicais ao lado de cantores pimba no programa da Fátima Lopes. Aliás, julgo que foi assim que conheceu o padre Luís Borga, outro homem com profundas marcas na cultura popular portuguesa. Não receia que este profanar de uma certa dignidade da classe sindical possa vir a causar-lhe problemas. Por exemplo, que comecem a olhar para a sua careca como o eleitorado italiano olhou em tempos para os seios da Cicciolina. É por esta a razão que foge de Lili Caneças, ou tem medo da sua dialéctica?
diospirojoyeux» Se não a cumprimento, também não lhe digo nada.
João Paulo Silva» Consta que antes de ser calvo usou risco ao meio ou pelo menos fez vários ensaios ao espelho. No entanto, a calvície, que tenta disfarçar com essa camada de cera, dá-lhe um certo ar abastado. A partir de quantos euros se passa de sindicalista a porco fascista, onde está a fronteira? Já alguma vez foi confundido com um porco fascista, ou já se sentiu na pele de um?
diospirojoyeux» Não, também não sou pobre. Vocês têm de ter cuidado com as perguntas. Não me pode perguntar o que é um rico, porque eu não sei. E peço-lhe o favor de não contar os meus euros.
João Paulo Silva» Se tivesse um presépio que pudesse sintetizar a sociedade portuguesa, que imagens colocaria, na cabana, para substituir, por esta ordem, S. José, Nossa Senhora e o menino?
diospirojoyeux» Pedro Paixão, Alexandrino e um porteiro de discoteca anafado, obviamente.
João Paulo Silva» Não se sente enciumado pelo facto de a Felícia Cabrita, com uma simples notícia, ter provocado um abalo maior nos alicerces do sistema do que décadas de lutas sindicais por si lideradas? É verdade que ela foi sondada para editora do Avante?
João Paulo Silva é o convidado deste ainda bem que me faz essa pergunta. Actualmente jornalista do Diário de Leiria, nasceu pouco antes da hora de almoço, num distante três de Janeiro, andava a família ainda a comer os restos da passagem de ano. Deu de caras com a malta lá de casa com uma certa azia, não se sabe se devido ao tempero, se por ser oitavo candidato à herança. Depois de o ver, o pai deu por finda a sua tarefa. Ou tinha finalmente conseguido ou resolveu desistir. Fica o mistério. Foi depois à escola, passou ao lado da tropa e de muitas outras coisas, mas cá está, a descrever coisas do mundo em pequenas notícias. Trinta e quatro anos depois. Valha-lhe Deus.
Com ou sem ajuda divina, foi ele que deitou mãos e sabe-se lá mais o quê à obra para encontrar as perguntas airosas que se seguem para as respostas pertinentes que lhe foram lançadas.
João Paulo Silva» A mais brilhante síntese de Portugal caracteriza-nos como o país dos três efes. De Fátima, do Futebol e do Fado. A partir de agora vamos obviamente passar a ser o país dos quatro efes. Acha que isso pode alterar a matriz sociológica do país? Até que ponto este fenómeno pode ter implicações na identidade de um operariado que parece ter finalmente encontrado um modelo capaz de o conduzir a um estado mais evoluído, de uma sociedade, digamos, ri-fixe?
diospirojoyeux» Como pode comparar a Floribella a isso? Onde já se viu? O descaramento e o cinismo arrepiam, ouviu? Até parece que quer esconder com isso um projecto-lei alternativo que permitia superar os problemas de todos os cantoneiros do país a trabalhar nas mesmas condições de penosidade e risco.
João Paulo Silva» Os últimos pregões da CGTP indiciam um retrocesso no uso da métrica. Por exemplo, na Marinha Grande, na última manifestação, as mulheres gritavam “Sócrates aldrabão/faz contas com o patrão” como se declamassem Agustina Bessa-Luís. O estranho é que se diz, à boca cheia, que os pregões são seus.
diospirojoyeux» Como diria a Agustina Bessa-Luís, a perversidade sempre me acompanhou. Claro que se eu fosse Agustina seria mais Luís e menos Bessa, porque ela é deveras Bessa.
João Paulo Silva» Não acha que estão a cometer uma injustiça histórica ao calarem pregões como o “Trabalho sim/desemprego não”, este com evidentes influências pessoanas, um autor muito mais atento aos fenómenos da industrialização e à sua estética?
diospirojoyeux» A vida, como tudo o resto, é assim.
João Paulo Silva» Desculpe insistir, mas Portugal afirmou-se como país de poetas nas manifestações da CGTP.
diospirojoyeux» Olhe que não, doutor, olhe que não.
João Paulo Silva» Há até quem fale de uma nova corrente na literatura portuguesa, que o coloca ao lado de Rosa Lobato Faria.
diospirojoyeux» Não me compare a essa senhora, se faz favor.
João Paulo Silva» As semelhanças entre os dois estilos são evidentes. “Sócrates aldrabão/faz contas com o patrão” poderia perfeitamente ser o refrão de uma canção concorrente ao festival da canção da RTP. Aliás, por que não abrir um novo género de música de intervenção, com a popular cantora Dina?
diospirojoyeux» Porque não. Não gosto, pronto!
João Paulo Silva» Desculpe, mas nos dias que correm é frequente ver líderes de confederações sindicais ao lado de cantores pimba no programa da Fátima Lopes. Aliás, julgo que foi assim que conheceu o padre Luís Borga, outro homem com profundas marcas na cultura popular portuguesa. Não receia que este profanar de uma certa dignidade da classe sindical possa vir a causar-lhe problemas. Por exemplo, que comecem a olhar para a sua careca como o eleitorado italiano olhou em tempos para os seios da Cicciolina. É por esta a razão que foge de Lili Caneças, ou tem medo da sua dialéctica?
diospirojoyeux» Se não a cumprimento, também não lhe digo nada.
João Paulo Silva» Consta que antes de ser calvo usou risco ao meio ou pelo menos fez vários ensaios ao espelho. No entanto, a calvície, que tenta disfarçar com essa camada de cera, dá-lhe um certo ar abastado. A partir de quantos euros se passa de sindicalista a porco fascista, onde está a fronteira? Já alguma vez foi confundido com um porco fascista, ou já se sentiu na pele de um?
diospirojoyeux» Não, também não sou pobre. Vocês têm de ter cuidado com as perguntas. Não me pode perguntar o que é um rico, porque eu não sei. E peço-lhe o favor de não contar os meus euros.
João Paulo Silva» Se tivesse um presépio que pudesse sintetizar a sociedade portuguesa, que imagens colocaria, na cabana, para substituir, por esta ordem, S. José, Nossa Senhora e o menino?
diospirojoyeux» Pedro Paixão, Alexandrino e um porteiro de discoteca anafado, obviamente.
João Paulo Silva» Não se sente enciumado pelo facto de a Felícia Cabrita, com uma simples notícia, ter provocado um abalo maior nos alicerces do sistema do que décadas de lutas sindicais por si lideradas? É verdade que ela foi sondada para editora do Avante?
diospirojoyeux» É preciso esclarecer que, antes de escrever aquela notícia, nunca ninguém mostrou o menor interesse no assunto. Mas isso nunca esteve em cima da mesa. Nem antes, nem depois.
sábado, novembro 25, 2006
pavilhão auricular ok go
Estes americanos de Chicago merecem estar aqui não pela música, que é bem fraquinha, mas pelos videos, que são qualquer coisinha.
A música que tocam é igual à de tantos outros: um rockzinho dispensável, repetitivo e repetitível, que não acrescenta nada de novo nem de bom a quem o ouve. O que deve ser meio caminho andado para se tornarem uma grande sensação, certamente.
Alguma sensação causam estes Ok Go com os seus videos, onde de facto, sejam eles seja quem for por eles, revelam uma criatividade assinalável.
Há algum tempo em diversos blogs, Here It Goes Again é uma paródia genial e um exercício literal. É claramente uma produção de orçamento curto, com um plástico mal esticado em fundo, iluminação deficiente e meia dezena de passadeiras de ginásio.
Com elas - as passadeiras -, a música deles esquece-se e, no limite, até faz algum sentido. Eles correm, claro, mas também saltitam, rastejam, gatinham e patinam até tornarem algo banal numa excelente coreografia que nos faz aguentar até ao fim os três minutos daquela dose de rockzinho.
A coisa está tão bem conseguida que, segundo o Blitz, Here It Goes Again é o video mais descarregado de sempre no Youtube, o que dá uma dimensão razoável da sua popularidade.
Mas os videos dos Ok Go não se limitam a passadeiras de ginásio.
Uma visita pelo site oficial permite conhecer outras boas ideias para vender música.
Em Do What You Want, truques de câmara fazem com que o espectador siga a actuação do grupo como se de um microfone ou uma guitarra se tratasse - o que é interessante, mas pode ter efeitos secundários para quem sofra de enjoos com facilidade.
Recuperando a linguagem de um video antigo de Fat Boy Slim, os Ok Go também aplicaram a destruição à sua música - a auto-crítica é sempre uma prática de louvar.
Invincible divide a imagem a meio: do lado direito tocam eles, do lado esquerdo experimentam explosivos em alvos como garrafas de champanhe, uma pilha de papel higiénico, móveis, electrodomésticos ou um dispensador de pastilhas. Um dispensador de pastilhas, quem diria.
Estes americanos de Chicago merecem estar aqui não pela música, que é bem fraquinha, mas pelos videos, que são qualquer coisinha.
A música que tocam é igual à de tantos outros: um rockzinho dispensável, repetitivo e repetitível, que não acrescenta nada de novo nem de bom a quem o ouve. O que deve ser meio caminho andado para se tornarem uma grande sensação, certamente.
Alguma sensação causam estes Ok Go com os seus videos, onde de facto, sejam eles seja quem for por eles, revelam uma criatividade assinalável.
Há algum tempo em diversos blogs, Here It Goes Again é uma paródia genial e um exercício literal. É claramente uma produção de orçamento curto, com um plástico mal esticado em fundo, iluminação deficiente e meia dezena de passadeiras de ginásio.
Com elas - as passadeiras -, a música deles esquece-se e, no limite, até faz algum sentido. Eles correm, claro, mas também saltitam, rastejam, gatinham e patinam até tornarem algo banal numa excelente coreografia que nos faz aguentar até ao fim os três minutos daquela dose de rockzinho.
A coisa está tão bem conseguida que, segundo o Blitz, Here It Goes Again é o video mais descarregado de sempre no Youtube, o que dá uma dimensão razoável da sua popularidade.
Mas os videos dos Ok Go não se limitam a passadeiras de ginásio.
Uma visita pelo site oficial permite conhecer outras boas ideias para vender música.
Em Do What You Want, truques de câmara fazem com que o espectador siga a actuação do grupo como se de um microfone ou uma guitarra se tratasse - o que é interessante, mas pode ter efeitos secundários para quem sofra de enjoos com facilidade.
Recuperando a linguagem de um video antigo de Fat Boy Slim, os Ok Go também aplicaram a destruição à sua música - a auto-crítica é sempre uma prática de louvar.
Invincible divide a imagem a meio: do lado direito tocam eles, do lado esquerdo experimentam explosivos em alvos como garrafas de champanhe, uma pilha de papel higiénico, móveis, electrodomésticos ou um dispensador de pastilhas. Um dispensador de pastilhas, quem diria.
sexta-feira, novembro 24, 2006
quinta-feira, novembro 23, 2006
pop of the tops as mais feias bond girls de sempre
Revelou-se simples o que à partida poderia ser uma tarefa complicada: escolher as cinco mais feias bond girls até Casino Royale, o último 007.
A dificuldade foi mesmo procurar entre a imensa variedade de actrizes que já passaram pelo elenco. De acordo com um site da especialidade, até ao filme que agora estreou, Bond conviveu de forma mais ou menos amistosa com 53 girls, só contando com as boazinhas.
Dessas, após uma triagem rigorosa, sobraram sete que parecem claramente escolhas infelizes.
Há algumas muito mazinhas. A pior é Linda, interpretada por uma tal Kell Tyler que, ou muito me engano, até entrou num filme pornográfico. Não desfazendo, claro - nela e na referida categoria cinematográfica.
A vencedora deste top of the pops entrou em Risco Imediato, em 1987, e reza a história que Linda frequentava um iate de playboys tentando a sua sorte. Teve tanta ou tão pouca que lhe calhou Bond na rifa.
Em segundo lugar, fica Bibi Dahl, ou Lynn-Holly Johnson, uma espécie de Diana Krall sem piano e especialista em biatlo, em Missão Ultra-secreta (1981).
A encerrar o pódio aparece uma das girls de Operação Relâmpago, Paula Caplan, personagem com cara de poucos amigos interpretada pela jamaicana Martine Beswicke. Talvez pela cara, os inimigos fizeram questão que a sua aparição no filme de 1965 fosse bastante curta.
Como suplentes, aparecem Saida e Caroline.
A primeira corresponde à actriz Carmen du Sautoy, senhora de uma beleza vulgar que, talvez pelo tão pomposo nome que ostenta, foi escolhida para dançarina exótica em O Homem da Pistola Dourada, já lá vão 32 anos. Parece que andava metida com 002, um pobre diabo que, à conta de Saida, foi despromovido a 000 com um tiro de um tal Scaramanga. Más companhias.
A encerrar as cinco escolhas das mais feias bond girls surge Serena Gordon, com um arzinho de Caroline arrependida. Certamente que a produção foi ao café mais próximo e escolheu atrás do balcão a primeira rapariga que encontrou para fazer de avaliadora de Bond. Naturalmente 007 e o Bollinger do mini-bar do Aston Martin DB5 fizeram-na baixar rapidamente todas as guardas em Goldeneye (1995).
Revelou-se simples o que à partida poderia ser uma tarefa complicada: escolher as cinco mais feias bond girls até Casino Royale, o último 007.
A dificuldade foi mesmo procurar entre a imensa variedade de actrizes que já passaram pelo elenco. De acordo com um site da especialidade, até ao filme que agora estreou, Bond conviveu de forma mais ou menos amistosa com 53 girls, só contando com as boazinhas.
Dessas, após uma triagem rigorosa, sobraram sete que parecem claramente escolhas infelizes.
Há algumas muito mazinhas. A pior é Linda, interpretada por uma tal Kell Tyler que, ou muito me engano, até entrou num filme pornográfico. Não desfazendo, claro - nela e na referida categoria cinematográfica.
A vencedora deste top of the pops entrou em Risco Imediato, em 1987, e reza a história que Linda frequentava um iate de playboys tentando a sua sorte. Teve tanta ou tão pouca que lhe calhou Bond na rifa.
Em segundo lugar, fica Bibi Dahl, ou Lynn-Holly Johnson, uma espécie de Diana Krall sem piano e especialista em biatlo, em Missão Ultra-secreta (1981).
A encerrar o pódio aparece uma das girls de Operação Relâmpago, Paula Caplan, personagem com cara de poucos amigos interpretada pela jamaicana Martine Beswicke. Talvez pela cara, os inimigos fizeram questão que a sua aparição no filme de 1965 fosse bastante curta.
Como suplentes, aparecem Saida e Caroline.
A primeira corresponde à actriz Carmen du Sautoy, senhora de uma beleza vulgar que, talvez pelo tão pomposo nome que ostenta, foi escolhida para dançarina exótica em O Homem da Pistola Dourada, já lá vão 32 anos. Parece que andava metida com 002, um pobre diabo que, à conta de Saida, foi despromovido a 000 com um tiro de um tal Scaramanga. Más companhias.
A encerrar as cinco escolhas das mais feias bond girls surge Serena Gordon, com um arzinho de Caroline arrependida. Certamente que a produção foi ao café mais próximo e escolheu atrás do balcão a primeira rapariga que encontrou para fazer de avaliadora de Bond. Naturalmente 007 e o Bollinger do mini-bar do Aston Martin DB5 fizeram-na baixar rapidamente todas as guardas em Goldeneye (1995).
alucinário 007
Estreia hoje por cá o último 007. Irei vê-lo, claro, mas só quando reunir coragem para esbanjar perto de cinco euros num perene bilhete de cinema. Talvez amanhã depois do jantar a coragem já me diga alguma coisa.
Sempre gostei de Bond. Não há jogo de sobrancelhas como os deles - Connery, Moore, Brosnan, sobretudo. Por mais que nos esforcemos diante do espelho, há uma fleuma her majesty's service ausente da fronteira entre a testa e os olhos da maioria do comum dos mortais. E só eu sei o que tentei para a alcançar em frente ao espelho. Bom, pensando bem, aí foi sobretudo barbear-me.
Bem pior foi crescer a falar para o relógio, a imaginar como instalar uma escuta num botão de casaco ou a delirar que tinha uma arma laser no cinto - mal sabia que o mais parecido estava mais abaixo e normalmente descarregado.
Tudo aquilo me fascina e, até, me inspira: a música, os cocktails, as bond girls, as invenções, a pose, o mistério bacoco - nem o enredo de esferovite repetido à exaustão me atrasa a digestão.
Com os anos não deixei de vibrar com 007. O raio das televisões insistem em passar os filmes vezes sem conta e eu vezes sem conta rendo-me a vê-los todos de enfiada - do mais jurássico ao derradeiro. Com os anos apenas deixei de me intrigar porque é que ele prescindia de todos os brinquedos de Q para ficar com as bond girls no final. Brinquedos por brinquedos, ora. Mas, tal como as sobrancelhas her majesty's service, longe do alcance de qualquer mortal.
Estreia hoje por cá o último 007. Irei vê-lo, claro, mas só quando reunir coragem para esbanjar perto de cinco euros num perene bilhete de cinema. Talvez amanhã depois do jantar a coragem já me diga alguma coisa.
Sempre gostei de Bond. Não há jogo de sobrancelhas como os deles - Connery, Moore, Brosnan, sobretudo. Por mais que nos esforcemos diante do espelho, há uma fleuma her majesty's service ausente da fronteira entre a testa e os olhos da maioria do comum dos mortais. E só eu sei o que tentei para a alcançar em frente ao espelho. Bom, pensando bem, aí foi sobretudo barbear-me.
Bem pior foi crescer a falar para o relógio, a imaginar como instalar uma escuta num botão de casaco ou a delirar que tinha uma arma laser no cinto - mal sabia que o mais parecido estava mais abaixo e normalmente descarregado.
Tudo aquilo me fascina e, até, me inspira: a música, os cocktails, as bond girls, as invenções, a pose, o mistério bacoco - nem o enredo de esferovite repetido à exaustão me atrasa a digestão.
Com os anos não deixei de vibrar com 007. O raio das televisões insistem em passar os filmes vezes sem conta e eu vezes sem conta rendo-me a vê-los todos de enfiada - do mais jurássico ao derradeiro. Com os anos apenas deixei de me intrigar porque é que ele prescindia de todos os brinquedos de Q para ficar com as bond girls no final. Brinquedos por brinquedos, ora. Mas, tal como as sobrancelhas her majesty's service, longe do alcance de qualquer mortal.
www.diospirojoyeux.net: this domain name expired on 11/11/2006 and is pending renewal or deletion.
Se me dão a escolher, quero a segunda. Há coisas em que o nosso lado bombista-extremista tem de vir ao de cima.
Tinha prometido a mim mesmo que diospirojoyeux nunca seria um blog. Felizmente, não sei onde pus a promessa.
O que é óptimo: há meses que a inspiração não me dá para fazer nada e como o contributo mecenático para a causa ainda dá para menos, olhem, apaguem aquele .net e acrescentem-lhe o .blogspot.com.
Veremos.
Se me dão a escolher, quero a segunda. Há coisas em que o nosso lado bombista-extremista tem de vir ao de cima.
Tinha prometido a mim mesmo que diospirojoyeux nunca seria um blog. Felizmente, não sei onde pus a promessa.
O que é óptimo: há meses que a inspiração não me dá para fazer nada e como o contributo mecenático para a causa ainda dá para menos, olhem, apaguem aquele .net e acrescentem-lhe o .blogspot.com.
Veremos.
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