D. Fátima, verdadeiro nome fictício de uma vizinha, teve a gentileza de me fazer chegar um frasquinho da sua ginja caseira. Agradeço. Longe de ser especialista, arrisco umas notas de prova sobre este licoroso líquido de cor mais clara que o habitual, que se apega às paredes do copo com a mesma vontade com que se passeia na língua do degustador.
No nariz - e nariz é coisa que não me falta - a intensidade é deveras pronunciada, mas o nariz que se aguente. A todo aquele licor a invadir-nos mansamente os recantos da boca perdoa-se tudo.
A cor ginja - como convém - mescla nuances grená escuro e anuncia um aroma potente, no mínimo, ideal para acompanhar uma lareira de Inverno ou outra. Evolui das frutas maduras à marmelada à fatia, escondendo um final de aromas retro nasais (o que quer que isto queira dizer - é da ginja, bolas).
O grand final é-nos proporcionado pelo fruto: o corromper invasor da pele faz-se através da perfuração crocante da pelicula, consorte ideal da polpa cremosa - não indicada para barrar no pão.
Obrigado D. Fátima.
2 comentários:
A ginja é copa C?
epá, tbm quero!!
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